Fonte: Noelia Brito.
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Foto divulgação: PF/PE |
A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou na manhã desta sexta-feira, 19/10/2018, a Operação Abismo visando reprimir e desarticular um esquema de fraudes no instituto de previdência dos servidores de um município da região metropolitana de Recife/PE. As investigações tiveram início em março/2018 e segundo os dados coletados na investigação, que ainda se encontra sob sigilo, foram transferidos mais de R$ 90 milhões de reais do instituto - que antes se encontravam investidos em instituições sólidas – para fundos de investimento compostos por ativos “podres”, isto é, sem lastro e com grande probabilidade de inadimplência futura, colocando em risco o pagamento da aposentadoria dos servidores do município.
As ordens judiciais de prisão e buscas estão assim distribuídas
Pernambuco: 18 MB, 02 MPT e 04 MPP; (Cabo, Sagueiro e Vitória)
São Paulo: 10 MB, 01 MPT e 05 MPP; (Jundaí e Guariba)
Rio de Janeiro: 10 MB, 06 MPT e 01 MPP; (Capital)
Paraíba: 01 MB; (Monteiro)
Distrito Federal: 01 MB;
Goiás: 01 MB, 01 MPT; (Goiânia e Anápolis)
Santa Catarina: 01 MB, 02 MPT;
MB: Mandado de Busca; MPT: Mandado de Prisão Temporária; MPP: Mandado de Prisão Preventiva;
No curso da investigação coletaram-se indícios de que a alteração na carteira de investimentos do Instituto de Previdência foi efetuada a mando do prefeito do aludido município, por meio de ingerência indevida na administração daquele órgão, em razão do oferecimento de vantagem indevida.
Reportagem da Rádio Jornal informa que o prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral, do PSB, seria um dos presos pela Operação (Acesse em https://radiojornal.ne10.uol.com.br/noticia/2018/10/19/pf-prende-politicos-e-empresarios-suspeitos-de-fraude-na-previdencia-do-cabo-61633)
Ao todo, 220 policiais federais estão cumprindo 64 (sessenta e quatro) ordens judiciais sendo 42(quarenta e dois) mandados de busca e apreensão, 10 (dez) mandados de prisão preventiva e 12 (doze) mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraíba, Goiás, Santa Catarina e no Distrito Federal. Estão sendo presos, empresários, lobistas, advogados, políticos, religiosos e outras pessoas que de uma forma tem participação com o esquema criminoso. As medidas foram determinadas pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores depositados em contas em nome dos investigados.
Os crimes que estão sendo imputados aos suspeitos são Lavagem de Dinheiro, Associação Criminosa, Crimes Financeiros, Corrupção Ativa e Passiva, cujas penas ultrapassam os 30 anos de reclusão. Os presos serão levados até a sede da Polícia Federal onde serão interrogados e logo em seguida irão ser encaminhados para os respectivos sistemas prisionais. Os presos de outros estados ficarão reclusos em sistemas prisionais de seus estados onde ficarão à disposição do Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
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