"A minha opinião é que é absolutamente inadmissível, por parte do Planalto, por parte do governo federal ou por parte de qualquer governo", disse ela. "Eu repudio integralmente esse tipo de ação, como fiz diante de todos os vazamentos. Neste caso específico, quem quiser fazer individualmente, que faça, mas não coloque o governo no meio", complementou Dilma.
A presidente anunciou ainda uma sindicância interministerial para investigar o caso. Leia, abaixo, nota da Casa Civil:
A presidenta Dilma Rousseff determinou à Casa Civil a constituição imediata de comissão de sindicância para apurar a utilização de computadores do Palácio do Planalto para alterações no Wikipedia.
A comissão será formada pela Casa Civil/Instituto Nacional de Tecnologia da Informação; Ministério das Justiça/Polícia Federal, Controladoria-Geral da União e Secretaria Geral da Presidência da República.
O caso será o próximo embate da campanha eleitoral. É o que fica claro na nota divulgada por Aécio Neves, presidenciável tucano, sobre o episódio, antes da manifestação da presidente Dilma Rousseff:
"É lamentável o desrespeito que setores do governo demonstram ao contraditório. Talvez ninguém mais do que eu tenha sido vítima da intolerância criminosa de setores do partido do governo, como já comprovado em vários casos. É preciso que essas denúncias sejam investigadas a fundo e os responsáveis punidos. Mas também é necessária uma palavra da presidente da República que, em última instância, é responsável pelas pessoas que nomeia e pelo que ocorre na sede do governo brasileiro. Afinal, hoje está provado que o Palácio do Planalto age para desmoralizar jornalistas independentes, que de lá saem perguntas para fraudar uma CPI, e que lá é feito o monitoramento político dos apoiadores dos adversários do PT."
Em artigo publicado neste sábado, a própria Miriam Leitão acusou o Palácio do Planalto de ter colocado em prática uma política de estado contra a imprensa. "Alguém deu ordem para isso", disse ela (leia aqui).
O caso também deve chegar à esfera judicial, uma vez que o líder tucano, Antônio Imbassahy (PSDB-MG), pedirá ao ministro José Eduardo Cardozo investigação sobre o caso.
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