“Eduardo Campos tem uma tradição política de compromisso com as lutas sociais. É por isso que o escolhi como presidente do Brasil”, diz Marina, na transcrição ipsis literis do post, inserido em uma imagem onde ela aparentemente faz um discurso. O tom da mensagem leva a pensar que a definição do próximo presidente da República caberia a ela, restando ao povo brasileiro a tarefa de chancelar a “nomeação”.
O post de Marina foi publicado no dia 7 de agosto em sua página oficial (www.facebook.com/marinasilva.oficial) e tinha, até o final deste sábado, 728 compartilhamentos, quando foi também compartilhado por Eduardo Campos. Entre os 118 comentários na publicação, muitos indicavam apoio à escolha. Diversos outros, porém, criticavam a ex-ministra do Meio Ambiente pela aliança. A postagem havia recebido 2.369 curtidas.
A postagem na rede social acaba por reforçar a característica messiânica de Marina Silva, rótulo que ela tenta combater, muito embora a atuação vá em sentido contrário. Quando deixou o PV, em 2011, para iniciar a construção da Rede Sustentabilidade, a ex-senadora, que é evangélica, tentou afastar tais críticas: "A coisa mais difícil que tem é administrar o carisma. Porque as lideranças carismáticas podem pensar que podem tudo. E isso é uma ilusão, não podem”. Contraditoriamente, a própria Marina declarou que "as lideranças carismáticas, messiânicas, talvez tenham cumprido um papel na História."
Nenhum comentário:
Postar um comentário