quinta-feira, 14 de agosto de 2014

EDITORIAL: EDUARDO CAMPOS DEIXA SUA MARCA.

Magno Dantas
 A vida nos prega alguns sustos. Confesso que ao ler no portal 247 que o ex-governador Eduardo Campos havia falecido na queda do avião que o levava a Guarulhos, litoral de São Paulo, não consegui assimilar bem a idéia. Sai do portal e entrei novamente para me certificar de que não era uma pegadinha de mau gosto que então ocupava minha tela do computador. Li toda a notícia e re-li. Não há exagero nas minhas palavras. Ainda incrédulo, liguei a TV e ai então “a ficha caiu”. Realmente o candidato a presidente já não tinha vida. A angústia me tomou por completo e fiquei, junto com Patrícia, minha filha Roberta e minha sogra a olhar o noticiário, como se tentando assimilar o que se passava. O silêncio tomou conta da sala e nós apenas nos entreolhávamos como se não acreditássemos no que estávamos vendo e ouvindo.

Ali estava o que restava do avião que levava Eduardo Campos e parte de sua comitiva. Indagávamos se existia a confirmação da morte, como se não acreditássemos no que nossos olhos viam. Ficamos emocionados, todos os que estavam na sala. 

Durante os últimos dois anos fizemos oposição contumaz, forte e por vezes até bem exagerada (devo reconhecer) ao governador Eduardo Campos. 

Naquele momento, tudo parecia não fazer mais importância e nos perguntamos como estaria sua família, filhos e a mãe, que de “certa forma” fora tão falada no dia anterior, durante entrevista na Rede Globo, em que particularmente vibramos por entender que ele não havia se saído muito bem. No entanto, naquele momento, nada parecia ter mais importância... O candidato já não existia, o homem Eduardo Campos estava morto.

Eduardo fazia parte de um novo contexto político, que apesar de está acompanhado de velhas e viciadas raposas, tinha muito a oferecer ao país. Representante de nova geração, Campos tinha na juventude um pulsar de estrela, que emanava uma luz própria e incandescente.

Fazia uma política social que não me agradava, mas seria injusto de minha parte não pontuar que ele entregou o Estado de Pernambuco em melhores condições do que recebeu.

Campos já é parte integrante da gloriosa história do Estado Pernambuco e deixará sempre a impressão de que poderia ter contribuído mais para nossa sociedade, caso Deus tivesse lhe conferido um pouco mais de vida entre nós.

Reafirmo que minha escolha para as eleições de 14 é outra, mas não posso negar minha admiração pela contribuição que Eduardo Campos deu a nosso querido Pernambuco.    

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