A vida nos prega alguns sustos. Confesso que ao ler no portal 247 que o ex-governador Eduardo Campos havia falecido na queda do avião que o levava a Guarulhos, litoral de São Paulo, não consegui assimilar bem a idéia. Sai do portal e entrei novamente para me certificar de que não era uma pegadinha de mau gosto que então ocupava minha tela do computador. Li toda a notícia e re-li. Não há exagero nas minhas palavras. Ainda incrédulo, liguei a TV e ai então “a ficha caiu”. Realmente o candidato a presidente já não tinha vida. A angústia me tomou por completo e fiquei, junto com Patrícia, minha filha Roberta e minha sogra a olhar o noticiário, como se tentando assimilar o que se passava. O silêncio tomou conta da sala e nós apenas nos entreolhávamos como se não acreditássemos no que estávamos vendo e ouvindo.
Ali estava o que restava
do avião que levava Eduardo Campos e parte de sua comitiva. Indagávamos se
existia a confirmação da morte, como se não acreditássemos no que nossos olhos
viam. Ficamos emocionados, todos os que estavam na sala.
Durante os últimos dois
anos fizemos oposição contumaz, forte e por vezes até bem exagerada (devo
reconhecer) ao governador Eduardo Campos.
Naquele momento, tudo
parecia não fazer mais importância e nos perguntamos como estaria sua família,
filhos e a mãe, que de “certa forma” fora tão falada no dia anterior, durante
entrevista na Rede Globo, em que particularmente vibramos por entender que ele
não havia se saído muito bem. No entanto, naquele momento, nada parecia ter
mais importância... O candidato já não existia, o homem Eduardo Campos estava
morto.
Eduardo fazia parte de
um novo contexto político, que apesar de está acompanhado de velhas e viciadas
raposas, tinha muito a oferecer ao país. Representante de nova geração, Campos
tinha na juventude um pulsar de estrela, que emanava uma luz própria e incandescente.
Fazia uma política
social que não me agradava, mas seria injusto de minha parte não pontuar que
ele entregou o Estado de Pernambuco em melhores condições do que recebeu.
Campos já é parte
integrante da gloriosa história do Estado Pernambuco e deixará sempre a
impressão de que poderia ter contribuído mais para nossa sociedade, caso Deus
tivesse lhe conferido um pouco mais de vida entre nós.
Reafirmo que minha
escolha para as eleições de 14 é outra, mas não posso negar minha admiração
pela contribuição que Eduardo Campos deu a nosso querido Pernambuco.
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