Apoiadora de primeira hora de Marina e financiadora do instituto de estudos da ex-candidata do PSB, Neca é doutora em Educação. Pela assessoria, ela transmitiu que não disputa cargos num eventual futuro governo Aécio, mas integrantes do comando do PSDB consideram seu nome qualificado para ocupar um ministério.
Há um precedente histórico entre as duas famílias. O avô de Aécio, Tancredo Neves (1910-1985), convidou o pai de Neca, Olavo Setúbal (1923-2008), então presidente do banco Itaú, para ser seu ministro das Relações Exteriores. 'Olavão', como era conhecido o banqueiro bonachão, que foi prefeito indicado de São Paulo, efetivamente exerceu o cargo durante a presidência de José Sarney.
A declaração chega três dias após coletiva em que Marina, acompanhada de Beto Albuquerque (vice na chapa), integrantes do PSB e do grupo político Rede Sustentabilidade, declarou apoio ao tucano "dando um crédito de confiança à sinceridade de propósitos do candidato e de seu partido". No primeiro turno, a amizade e ligação política e financeira entre Neca e Marina foi explorada pelo PT na desconstrução da imagem da adversária.
Fontes ligadas ao PSB afirmam que Neca pode ser convidada a compor o grupo ministerial de Aécio, caso este seja eleito no próximo dia 26. Com exclusividade ao DCI, a fonte revelou que Neca não negociou cargo, e sim o PSDB, que mostrou ter interesse em tê-la como integrante de um possível governo.
Poucos dias antes do primeiro turno das eleições, a herdeira de Olavo Setubal (fundador do banco Itaú e ex-prefeito de São Paulo, morto em 2008), atacou o que chamou de "tentativa de desqualificar sua imagem para desqualificar Marina", já que a ex-candidata sofreu duros golpes por sua relação com Neca.
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