Delegado Maurício Barbosa relevou depoimento de caseiro: o menor de 13 e um amigo de 12 estariam usando jet ski durante o dia por conta própria; caseiro trabalha para barão do lixo José Augusto Cardoso; mãe (foto) pede justiça
O depoimento do caseiro da família de José Augusto Cardoso Filho, barão do lixo de Suzano (SP), pode complicar o adolescente que pilotava o jet ski que atropelou e matou a menina Grazielly, de três anos, no fim de semana. Segundo o delegado-titular do Distrito Policial de Bertioga, Maurício Cardoso, Erivaldo Francisco de Moura disse que o menor, de 13 anos (e não 14, como havia sido divulgado a princípio), passou algumas horas na embarcação com um amigo, outro adolescente de 12 anos. A Rádio Bandeirantes informa que o caseiro descobriu que os meninos estavam usando o jet ski e foi à praia para recolhê-lo. Ele chegou ao local pouco depois da tragédia.
De acordo com a polícia de Bertioga, o jet ski não está registrado no nome de ninguém na Capitania dos Portos. Mas sabe-se que ele pertence a Luiz Augusto Cardoso, irmão e sócio de José Augusto, da empreiteira Pajoan, que tem cerca de 20 multas.
A família do adolescente -- ele deveria ter prestado depoimento nesta quinta-feira, 23 -- deve sofrer ainda mais pressão da opinião pública para que o caso não fique impune. O advogado do menino, Maurimar Chiasso, pediu o adiamento do interrogatório para proteger o jovem do “assédio da imprensa”. Segundo Chiasso, o rapaz deverá depor até a próxima segunda-feira.
Mais um depoimento importante está previsto para esta sexta-feira, 24. Uma testemunha que teria gravado o acidente deve apresentar na delegacia de Bertioga as imagens que podem mostrar se o menor conduzia mesmo a embarcação ou se só deu a partida, como defendeu Chiasso.
Os pais de Grazielly prestaram depoimento nesta quinta-feira, 23. Bastante abalada, a mãe quase desmaiou. “Eu só quero Justiça”, disse Cirleide Lamas aos jornalistas.
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