A primeira parada da presidente Dilma Rousseff, no Recife, no início da noite desta segunda-feira (27), será um restrita e provável longa conversa com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, onde a pauta principal deverá ser a insatisfação do socialista com as indefinições do PT paras as eleições deste ano na capital pernambucana
Beatriz Braga _PE247 – E vem mais pressão para cima do PT pernambucano. O mês de fevereiro já chega ao fim e continuam as indefinições internas na sigla e, com elas, cresce o incomodo dos aliados que se recusam ficar à mercê do imbróglio construído pelos petistas. Na noite desta terça-feira (27), um dos grandes insatisfeitos com a desunião da Frente e a contestada possibilidade da postulação de João da Costa (PT), o governador Eduardo Campos (PSB), deverá repassar todo seu descontentamento diretamente a presidente Dilma Rousseff (PT), durante jantar oferecido pelo socialista, em sua residência, à chefe do Executivo nacional.
Muito embora a presidente tenha se mantido fora da turbulência que sofre o seu partido no Recife, em sua segunda vinda ao Estado em menos de um mês (desta vez para inaugurar os conjuntos habitacionais da Via Mangue), o futuro da Frente nas eleições deste ano deverá vir como prato quente. A insatisfação do governador e a possibilidade da liberação para indicar outros nomes para a disputa serão as pautas principais, por exemplo, na primeira parada da executiva na cidade.
Tradicionalmente, o governador Eduardo Campos oferece jantares em sua residências durante visitas presidenciais. Com o ex-presidente Lula (PT) esse script se repetiu em algumas oportunidades. E sempre com o mesmo perfil: privado. Nenhuma outra liderança normalmente tem acesso, a menos que esteja envolvida diretamente nas articulações encaminhadas por Eduardo.
Procurada pelo 247 sobre a possibilidade do governador não apoiar o PT, caso a decisão se oficialize por João da Costa, a assessoria do socialista afirmou que Campos desaprova a “situação perdulária” da sigla e não deverá expor o reconhecimento da sua gestão em Pernambuco (apontada com 89% de aprovação eleitoral) na difícil situação da impopularidade do atual prefeito.
O apoio de Campos é considerado imprescindível para que o PT consiga reconquistar um eleitorado que se mostra resistente ao nome de João da Costa no Recife. Enquanto o atual gestor pede calma e afirma que acelerar o processo eleitoral é ruim, a base aliada se mostra cada vez mais apressada e chateada com as indecisões petistas. No Palácio das Princesas a resolução é simples: sem união na Frente, o governador não apoiará.
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