Choque de gestão no Distrito Federal; Governo corta vencimentos do primeiro escalão, determina o fim de reajustes para o funcionalismo até dezembro e extingue dois mil cargos em comissão; economia projetada pelas dez medidas de austeridade é superior a R$ 153 milhões
Em complemento, serão extintos nada menos que dois mil cargos em comissão. Novos concursos, na mesma direção, nem sequer terão seu mérito analisado até maio, o que significa uma interrupção completa nas contratações na máquina pública.
Para ser o primeiro a dar o exemplo dos novos tempos de responsabilidade fiscal, Agnelo inseriu como primeiro item de seu pacote de dez medidas "prudenciais" de corte de despesas redução de dez por cento em seu próprio salário. O mesmo índice será retirado das remunerações do vice-governador, de todos os secretários de primeiro escalão e, também, dos administradores regionais.
Apenas com o pagamento dos aumentos concedidos ao funcionalismo em governos anteriores, o GDF terá um acréscimo estimado, em 2012, de R$ 1,1 bilhão em sua folha de pagamento. "É impossível suportar mais que isso", afirmou o secretário de Transparência e Controle, Carlos Higino. "Não é que não queremos dar reajustes ao nosso funcionalismo. O que ocorre é que simplesmente não podemos".
Nesta terça-feira (29), no salão nobre do Palácio do Buriti, o choque de gestão foi anunciado por uma equipe de cinco secretários de estado. Wilmar Lacerda, da Administração Pública, foi o centro da maioria das perguntas. "A decisão de não conceder novos reajustes até o final do ano é dura, mas foi explicada antecipadamente a entidades como a CUT, para que ficasse clara a situação", disse ele.
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