O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é a estrela das inserções partidárias do PSB, que vão ao ar nesta quinta-feira (11) em cadeia de rádio e televisão; o potencial candidato à Presidência da República deverá assumir o discurso de que “É possível fazer mais”, uma crítica velada ao Governo Federal; o objetivo é se tornar mais conhecido nacionalmente visando às eleições presidenciais de 2014
247 – O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, é a estrela das inserções partidárias do PSB, que vão ao ar nesta quinta-feira (11). O potencial candidato à Presidência da República pela legenda socialista, deverá assumir o discurso de que “É possível fazer mais”, uma crítica velada ao Governo Federal. O objetivo é se tornar mais conhecido nacionalmente visando às eleições presidenciais 2014.
Serão cinco chamadas diferentes com 30 segundos cada, em horário nobre, em rede nacional de rádio e televisão. As exibições ocorrem nos dias 11, 13, 16 e 18 deste mês e foram produzidas pelo publicitário Edson Barbosa, enquanto que a apresentação das peças foi feita pelo secretário geral do PSB, Carlos Siqueira, nesta quarta-feira (10), na Fundação João Mangabeira, em Brasília (DF).
Reforçando o slogan “É possível fazer mais”, em uma das inserções, Campos diz o seguinte: “Temos um País que nos estimula, pelas conquistas e vitórias que ajudamos a construir, mas dentro dele tem um País que nos pede para fazer muito mais”, afirma na peça, segundo a Folha de São Paulo.
Em outro momento ele fala, segundo o jornal Estado de São Paulo, que “o PSB está mostrando que dá para usar melhor o dinheiro público, que é possível fazer mais, planejando com a participação do povo, usando modernas ferramentas de gestão, dando um passo adiante”. Logo em seguida, tenta não passar a ideia de que o PSB é “inimigo" do governo: “Quem governa precisa saber decidir, mas não pode ser o dono da verdade. Como aliado do governo, temos o dever de propor, participar, apoiar, criticar até quando necessário, mas sempre com um objetivo: de fazer o País avançar”, observa.
Apesar de permanecer na base governista a candidatura do PSB rumo ao Planalto já é tida como certa. As articulações de Campos com lideranças políticas e com o setor empresarial já fizeram subir a temperatura da militância e dos simpatizantes com o discurso adotado.
Na última sexta-feira (5), o pessebista foi a Santos (SP) participar do Congresso Estadual de Municípios. Manifestantes apareceram com lenços, camisas e adesivos constando “Eu quero o novo”, em referência à possível candidatura de Campos à Presidência. Outros apareciam com materiais de campanha que tinham o nome do governador seguido do slogan “alternativa para um país mais justo”.
Em Pernambuco, as informações dão conta de que já surgiram carros na Assembleia Legislativa do Estado (Alepe) estampando a frase: “Eduardo Campos presidente – Isto é urgente”. Mas o gestor segue desconversando sobre a sua candidatura, que ainda é incerta, sob o discurso de que o seu rumo vai depender do desempenho da economia em 2013.
Defesa do Pacto Federativo para descentralizar os recursos da União, com o objetivo de dar mais autonomia aos municípios e reduzir a burocracia a fim de agilizar a aplicação dos investimentos por parte das prefeituras e do setor empresaria, é a principal bandeira de Campos. Mas a cada palestra o gestor começa fazer novas críticas à política econômica do PT, que teve – e ainda tem – como uma das principais marcas de gestão o aumento do poder aquisitivo e, em consequência, do consumo.
Nesta segunda-feira (8), em evento da Força Sindical, cujo presidente, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), já declarou apoio à candidatura de Campos, o gestor pernambucano adotou o discurso da “política 2.0”. De acordo com ele, não basta fazer o povo consumir mais, é preciso dar garantias para que a população também tenha acesso aos serviços públicos.
Sobre as desonerações que o governo vem fazendo, em especial as que beneficiam 14 setores da economia, por meio das quais cada empresa pagará 2% do seu faturamento bruto em vez de 20% da contribuição previdenciária que incide sobre a folha de pagamento, Campos disse, também no evento da Força Sindical, que só as desonerações não implicam no crescimento econômico. Para o gestor, não tem como assegurar um baixo índice de desemprego sem crescimento da economia.
Diante de um discurso cada vez mais afiado, resta saber como o PT, que já trata o PSB como adversário para o próximo pleito, irá reagir às inserções dos pessebistas em nível nacional.

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