Só que outra candidatura pode tirar Júnior Friboi do PSB e empurrá-lo para o PMDB de Iris Rezende. A pré-campanha de Eduardo Campos cresceu e já incomoda o Palácio do Planalto e a presidente Dilma Rousseff. O BNDES, ligado ao governo federal, tem participação de 30% nas empresas do Grupo J&F, da família Friboi.
Esse conflito de interesses praticamente inviabiliza a permanência de Júnior Friboi no PSB. Seus irmãos, Wesley e Joesley, já vislumbraram o cenário e como não querem desgastes com o governo federal já forçam a migração de Júnior para o PMDB. Foi graças aos empréstimos vultosos do BNDES que a holding da família Batista se tornou a maior processadora de carne do mundo.
O PMDB é aliado master de Dilma e na teoria parece ser o partido ideal para Friboi liderar a oposição contra Marconi Perillo. O vice-presidente Michel Temer convidou Iris e Don Iris para um almoço em Brasília no dia 16. O objetivo da conversa é preparar o terreno para a filiação de Júnior Friboi na legenda.
Nos bastidores há inclusive a informação de que a cúpula nacional do PMDB está cansada das derrotas de Iris Rezende para Marconi e para isso agora vai bancar Júnior Friboi. Mas, no PMDB goiano as coisas não são fáceis assim. Iris é quem manda no partido e ele é mestre em promover supostas candidaturas de aliados para depois cortar na raiz.
Foi o que aconteceu com o ex-presidente do Banco Central, o goiano Henrique Meirelles, em 2010. Iris era prefeito de Goiânia e jurava que não sairia da administração municipal. Porém, na hora certa ele deu o bote e Meirelles ficou a ver navios.
O mesmo roteiro se avizinha agora com Júnior Friboi. Ele pode até chegar ao partido com as bênçãos de Dilma e Temer e até mesmo de Iris, mas terá que mover boiadas para tirar Iris Rezende de seu caminho e não ir para o abatedouro.
Com todas essas variáveis a situação de Friboi na oposição é delicada. Até porque muitos dos deputados e líderes do PMDB estão de olho apenas no seu famoso dinheiro.
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