De acordo com petistas, as principais lideranças da sigla em Pernambuco se reuniram para negociar o acordo a fim de evitar mais desgaste – considerando o reduto eleitoral do governador Eduardo Campos (PSB), pré-candidato à Presidência da República. A presença do senador Humberto Costa (PT-PE), do deputado federal João Paulo (PT-PE), do ex-prefeito do Recife, João da Costa (PT) e do presidente do PT na capital, Oscar Barreto (PT), no mesmo ambiente para discutir uma unificação para a legenda seria o primeiro passo para uma estabilização do partido.
O PED era um dos assuntos que mais causava discordância entre os líderes pernambucanos. Por apoiarem candidatos diferentes, a dupla João Paulo e Humberto Costa não conseguia se entender com João da Costa e Oscar Barreto, fragilizando a sigla e pondo em risco um palanque fortificado para a presidente Dilma Rousseff (PT) nas eleições presidenciais de 2014. Entretanto, o revezamento de Teresa e Bruno na administração da legenda em Pernambuco – modo de gestão nunca antes realizado no Estado – deve começar a sanar as desavenças e unificar o partido em prol da candidatura de Dilma à reeleição.
A briga dentro do PT se estendia desde as eleições municipais de 2012, quando o então prefeito do Recife, João da Costa, quis se candidatar à reeleição, contrariando interesses do senador Humberto e de João Paulo. Os dois últimos lançaram uma candidatura paralela para enfrentar a de João da Costa nas prévias do partido, gerando desunião e brigas internas. A chapa que acabou sendo oficializada, com Humberto Costa e João Paulo, perdeu as eleições na capital, amargurando um terceiro lugar e quase dois anos de desentendimentos e desunião.
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