Foto: Clemilson Campos/Folha PE

folha PE
O Sport já era campeão da Copa do Nordeste, do Pernambuco, afastara a possibilidade de rebaixamento e havia garantido a vaga na Copa Sul-Americana do ano que vem. Não havia grande motivação, portanto, para fazer a última partida do ano diante do São Paulo, certo? Nada disso. Neste domingo, na Arena Pernambuco, o Leão jogou bem, dominou o adversário, venceu por 1 x 0 e fechou a temporada com chave de ouro. Os 52 pontos que fez na Série A foram – ao lado da edição de 2008- o máximo que o time conseguiu na era dos pontos corridos. Assim como naquela temporada, o Rubro-Negro terminou o torneio na 11ª posição.

Apesar de não precisar do resultado, o Sport estava nitidamente mais entusiasmado para o jogo do que o São Paulo. A prova material disso não demorou muito a aparecer: logo aos três minutos, Alexandre Pato bobeou lá na frente, o Leão recuperou a bola, Renê fez grande jogada pela esquerda e deu assistência açucarada. Bastou a Joelinton tirar no canto, bater com força, vencer o goleiro Dênis e comemorar ouvindo o grito da torcida rubro-negra: 1 x 0 para o Leão.
Com um gol na frente, o Sport – natural- diminuiu o ritmo. Isso não significa que sofreu pressão. O São Paulo, já vice-campeão do Brasileiro, sem a metade do time titular, estava desentrosado e desinteressado pela partida. O Leão controlou bem o ritmo, teve mais domínio da bola e correu poucos riscos no primeiro tempo. Na verdade, a única chance da etapa inicial – além do gol- foi leonina: aos 12, Diego Souza leu bem a jogada, deu grande passe e deixou o atacante Mike na frente do gol, que, no entanto, desperdiçou a boa oportunidade. Bateu de primeira, mas no meio do gol. Dênis espalmou e Rafael Toloi, no rebote, afastou.
O São Paulo só tentava basicamente em jogadas laterais. Michel Bastos, de um lado, e Osvaldo, do outro, deram trabalho para os marcadores. Mas não criaram lances de perigo real. Magrão, basta dizer, não fez nenhum grande defesa na primeira metade do confronto.
Mas no segundo tempo, o São Paulo já chegou perto do gol aos dois minutos. Magrão estava atento para segurar o chute de primeira de Osvaldo. Fogo de palha. Logo depois, o Sport voltou a tranquilizar o jogo e criar mais chance. O problema é que as desperdiçou.
Aos seis, Mike foi lançado e ficou de novo na cara de Denis. Demorou a chutar, se enrolou e acabou mandando para fora. Aos 12, foi Danilo que recebeu passe precioso de Renê. O resultado, entretanto, foi o mesmo: bola na rede. Mas no lado externo. Em geral, chances perdidas fazem falta lá na frente. A máxima mais conhecida do futebol: quem não faz, leva. Desta vez, não foi assim. O Leão venceu o último jogo do ano.
SAIBA MAIS
Antes de começar a partida, o presidente João Humberto Martorelli fez homenagem ao lateral-esquerdo Renê. O atleta foi objeto de elogios do comandante e ganhou uma camisa do Sport com o número 38 às costas – em referência à quantidade de jogos que disputou na Série A. Foi o único jogador da linha a conseguir “zerar” o torneio. Dentro de campo, o ala também foi protagonista. Marcou bem e fez a jogada do único gol do duelo, marcado por Joelinton. Nada mal para quem começou o ano com risco de dispensa.
FICHA TÉCNICA
SPORT
Magrão; Patric, Durval, Ewerton Páscoa e Renê; Rodrigo Mancha, Rithely, Danilo (Willian), Diego Souza (Ananias) e Mike (James Dean); Joelinton.
Técnico: Eduardo Baptista.
SÃO PAULO
Denis; Auro, Rafael Toloi, Edson Silva e Reinaldo; Souza, Denilson, Michel Bastos (Ademilson) e Osvaldo (Ewandro); Alexandre Pato (Boschilia) e Kardec.
Técnico: Muricy Ramalho.
Local: Arena Pernambuco, em São Lourenço da Mata. Árbitro: Wagner Reway (MT). Assistentes: Danilo Ricardo Simon Manis (SP) e Eduardo Gonçalves da Cruz (MS). Gol: Joelinton (aos 3 do 1T) para o Sport. Cartões amarelos: Osvaldo (São Paulo);