quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

André Justino: "Afinal de contas quem é a oposição política em São Lourenço da Mata?"

Faltando pouco mais de um ano para as eleições municipais começam as articulações pela formação dos grupos, que pragmaticamente se debruçam sobre a calculadora em busca do tão sonhado coeficiente eleitoral. Alguns formam aglomerados de candidatos sem muita expressão, tentando realizar um “vale tudo interno”, outros já melhor estruturados blocam-se com vistas a “fazer dois ou três” e então depois “ajustar as contas com os demais”. É nesse momento que quem era de “oposição” pula para situação e em se tratando de São Lourenço, nesse caso a reciproca não é verdadeira.

As cartas começam a ser dadas. O interesse fala mais alto que a necessidade e a disputa exclusiva por um mandato ditam as regras. Claro, em um país onde temos uma eleição por cima da outra, de dois em dois anos, certos “acertos” já se deram no ano passado, na disputa para o legislativo estadual. E eis que depois que a fumaça baixa, aquilo que era dúvida se revela certeza. O que outrora foi chamado de “moleque” agora é aliado e quem antes criticou já há algum tempo silencia.
Como política é uma prática que infelizmente é distante do povo, tais manobras e manejos soam como normal “coisa de política”, sempre justificado por um “político é tudo igual!” e então ninguém se dá conta o tão mal que esse pragmatismo faz na vida das pessoas. É esse calculo estéril do “vale tudo” ou do “fazer dois ou três”, que desemprega em detrimento a realização de concursos públicos e o crescimento do emprego local, são esses “acertos” que justificam o silêncio gritante da falta de fiscalização, são essas “coisas de política” que justifica a falta de critica e a formação de maiorias burras.
São Lourenço não tem oposição, pois nunca teve. Uma cidade que tem um poder tão acéfalo, quanto os políticos que vestem paletó na Casa Jair Pereira. A birra de quem diz que vai desobedecer em 2016, logo mais será contemplada pelo mesmo jogo de interesses. Quem perde é a cidade, quem perde é o povo. O que São Lourenço precisa é de um programa escrito pelo seu povo, e não me engano, isso vai demorar.

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