sexta-feira, 6 de março de 2015

Cleiton Collins defende projeto para regulamentar raves e acabar com open bar

Segundo deputado estadual, projeto é para proteger empresários e frequentadores

O deputado estadual Cleiton Collins, do Partido Progressista (PP), defende um projeto de sua autoria para tratar da normatização e regulamentação de festas do tipo rave no Estado. O legislador ainda afirmou, durante o seu discurso na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) nesta quarta-feira (04), que a modalidade ‘open bar’ – quando o frequentador paga a entrada e bebe o quanto quiser – deve acabar.

Nesta quinta-feira (05), ele se reuniu com empresários do ramo para debater o projeto de lei. De acordo com o deputado, os produtores presentes concordaram com alguns dos argumentos e fizeram sugestões para alterar o texto. “Vamos nos reunir novamente na próxima terça-feira [10]. Eu não quero radicalizar, vamos continuar o debate. Queremos criar uma legislação para tipificar os eventos, proteger as pessoas e combater o uso abusivo do álcool”, explica Collins.
Em seu argumento, Cleiton Collins – que é pastor pela Assembleia de Deus – lembra o caso do estudante universitário Humberto Moura Fonseca, que morreu após consumir mais de 25 doses de vodka em uma festa na cidade de Bauru, em São Paulo, na semana passada. “Na Assembleia mesmo fiz uma pequena pesquisa com alguns jovens, que pagam caro no ingresso e tentam compensar bebendo. Isso foi até falado pelos produtores, que teriam argumentado que não deram fim ao open bar antes por conta da concorrência”, comenta.
“Primeiro, queremos regulamentar essas festas. Existe muita clandestinidade, que são feitas desordenadamente e sem segurança. Então o projeto é para proteger realizador da festa e o cidadão, os jovens que frequentam, porque já morreram vários nesse tipo de festa. É preciso ter limites”, afirma.
Um dos produtores participantes da reunião, Augusto Acioli, achou positivo o encontro e a proposta do deputado. "Acho uma decisão acertadíssima. O mais importante do projeto é regulamentar os eventos. Para mim, quanto mais itens de segurança e formas de resguardar o público e a empresa, melhor. O texto fala em posto médico, segurança, bebida. Para quem faz um negócio e preza pelas pessoas, é bom", comenta.
Ainda de acordo com o empresário, do ponto de vista econômico, não faz muita diferença se há ou não open bar - já que o custo das bebidas são repassados no ingresso; mas, em relação à segurança, ele concorda. "Eu sinto uma grande diferença quando o evento é open bar e quando não é. Tem mais briga, confusões e gente embriagada. É como se a pessoa quisesse compensar o dinheiro investido do ingresso consumindo bebida. Se for proibido o open bar, o preço da entrada deve diminuir e isso será bom para o consumidor", opina.
Segundo Collins, o projeto deve passar pelas comissões da Alepe até o dia 17 de março, quando então será submetido ao plenário. As estimativas dele é que a votação ocorra entre 10 e 15 dias após a aprovação nas comissões.

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