As instabilidades moral e social de um governo
podem até ser esquecidas por um eleitorado decepcionado e assustado, mas seus
atos – geralmente – são perpetuados na mente daqueles que rejeitam os
oportunistas e lhes causam medo.
Oque pode assustar mais o eleitorado? Continuar
convivendo com as mentiras e com as jogatinas
políticasou com o medo de que haja uma maior “deterioração” que conduzam um
país, um estado e, principalmente, um município a bancarrota?
Mas nem só de ataques e contra-ataques vive (ou
sobrevive?) uma campanha. E os candidatos. Os discursos e o marketing formatam a bandeira que possa“vender”
a imagem do bem e, paradoxalmente, esconder as entranhas de um candidato e/ou
de um governo... E aí, promessas, muitas promessas. Embora escondam dos
incautos que tenham a consciência “abarrotada” do desgaste que sofreram e da
impopularidade que conquistaram com medidas inoperantes – ou “tapa-buracos” –, exposição
de imoralidades e de flexibilidade a eles impostas ao longo dos últimos anos,
alguns políticos insistem em querer avançar com lemas como confiança,
estabilidade, crescimento, moralidade... como garantias de que podem dar ao
eleitorado o que há de melhor e de mais sério.. É bem verdade que a (con)fiança
é uma garantia, mas nesse caso (e inúmeros outros) ela torna-se inafiançável: o
governo não tem credibilidade e a sua cota de mentira esgotou-se. Ou seja, está
inadimplente com o povo que lhe elegeu e nele acreditou.
Aliás, também não é por acaso que um nome escolhido
para ser candidato (não importa quem quer que seja)apresente um programa
eleitoral alicerçado em confiança, trabalho, seriedade, desenvolvimento, empregos
etc. A rigor, são as palavras-chave no “Largo do Rato” de um provérbio que pode
ser bem aplicado em quem os “guerreiros” começaram a atirar flechas. E ele fala
em “Alternativa de Confiança”.(Hipocrisia extrema. Não há meio-termo.)
Os discursos proferidos por certos candidatos e
veiculados em todo e qualquer espaço – enaltecendo a sua administração com a
inauguração de museus à pintura do meio-fio em calçadas espalhadas “pelo mundo”
afora – pode simbolizar o medo de uma derrota eleitoral. Ou não, dependendo de
que lado você esteja: se no camarote, se na arquibancada, se nas gerais. Mas não
deixa de ser uma avaliação tendo como pressuposto alguns anos do perene medo do
dia seguinte e de decepções acumuladas pela população. Mas há uma explicação: é
que, em regra, o fantasma das oposições paira sobre as cabeças de todos os
situacionistas, haja vista que há um sentimento popular de que a libertação das
“Capitanias Hereditárias” está prestes a se tornar uma realidade em, pelo
menos, 50% dos municípios e isso ocorrendo será catastrófica para “elas”, as
“cabeças pensantes”.
As palavras do parágrafo antecedente me faz
lembrar o “que ocorreu” numa cidade paraibana. O candidato da situação, com
vários anos no poder, diz que seu opositor só tem o medo para oferecer ao povo.
(Um candidato que fala em medo quando o medo é dele,que vai disputar uma
eleição e que pode perdê-la, não deixa de ser hilário.) Que resposta
poder-se-ia dar ao “todo poderoso?” O candidato da oposição ironizou ao dizer
que o adversário chegou a uma a conclusão curiosa: “Por que mudar se o melhor é deixar
tudo como está?” Dá para entender?
A
rejeição, segundo o Mestre Aurélio – o “pai dos burros”, e dos “cavalos” também
–, é o ato ou efeito de rejeitar, e ela está patente no semblante de quem sabe
o que quer,quem quer, como quer e o porquê quer.
Quanto ao medo, costumo dizer que ele se
transforma num câncer – espiritual – numa pessoa.
Leva-a, também,ao desespero, a
“cegueira”, a “surdez”, a “mudez”,enfim, a uma “infecção fobiana” generalizada.
Há casos, inclusive, em se tratando de política, que há até controle dos passos
do adversário, o que não deixa de ser lamentável, pois para que isso possa
funcionar – e funciona, quando o “coordenador” é competente – os “puxas-saco” perambulam pelas
ruas como se fossem almas penadas, e o uso da máquina, de maneira indevida. O
governo deveria pagar assessoria, alimentação, telefones e estrutura de todos
os níveis para servir a população, o que seria um gesto de grandeza, e não para
utilizá-las contra os seus adversários, o que configura umsinal de fraqueza.Seria
umapsicose incurável?
Mas (há sempre um mas nessas situações, observou?),
afinal, o que tudo isso tem a ver com o “quê?” E daí? Por quê? Qual o motivo?
Primeiro, a
rejeição. Não é problema, pelo menos para uma das partes interessadas em algo
e/ou em alguma coisa. E depois, o medo. Mas que medo?Como disse o Pensador Mano
Brown, “Às vezes o caminho da cura pode
ser a doença, e o caminho do perdão, a sentença.”
*Marco Albanez
advogado e jornalista
Por recomendação de um amigo, passei a acompanhar o Blog e os artigos do Dr. Marco Albanez. Ao abrir o blog hoje com ótimas notícias e atualizadas, não tinha o artigo. Na segunda tentativa, achei a publicação. Ele escreve levando o leitor ao centro dos fatos como se deles estivesse participando. Muito bem escrito. O cara é bom demais.Parabéns,
ResponderExcluirMuito bom. Doa em que doer é a verdade.
ResponderExcluirPERFEITO !!!!!
ResponderExcluirImpressionante.Nota dez.
ResponderExcluirGosto dele, desde o momento que o conheci e ele agiu como um verdadeiro profissional, sério , e comprometido com o que faz. Ele poderia ter ido "pelo caminho mais fácil", quando "todos" nos acusavam, ele para mostrar serviço poderia ter feito como outros sem moral, respeito ou escrúpulos fizeram e ganharam certamente pontos com o poder local. Mas muito pelo contrário, mostrando ser um homem de princípios bem formados, depois que viu toda sorte de maledicências, nos defendeu como bom profissional que é, é saiu dizendo que jamais faria nada para prejudicar quem quer que fosse, saindo da causa imunda. Quem age assim na vida diária, certamente agiria assim na vida pública Emoticon like Parabéns Marcos Albanez ,caso se candidate para qualquer coisa que queira, terá sempre meu apoio, pode até não ser muito ,mas é de coração. (Patrícia Peregrino)
ResponderExcluirMarco tem sido uma as das gratas amizades que conseguimos em São Lourenço da Mata. Da diversidade e adversidade nos aproximamos e mantemos uma relação de respeito e na verdade. Marco Albanez é uma figura ímpar, singular e transparente. Gênio forte e uma coração do tamanho do planeta. Sei que ele não tem facebook e não lerá isso, mas isso pouco importa... Faço minhas as suas palavras Patricia Peregrino... Pense num "cabra" arroxado.
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