quinta-feira, 18 de junho de 2015

DEUS, PÁTRIA E FAMÍLIA: SÃO LOURENÇO EM DIAS DE INTEGRALISMO

Quando Plínio Salgado lançou, lá pelos anos 30 do século passado, o “Nacionalismo integral” ou simplesmente o conhecido movimento denominado por integralismo não imaginava, acreditamos nós, que quase 100 anos depois São Lourenço da Mata estaria alinhando-se - de modo proporcional, evidentemente – com suas ideias tradicionalista e ultraconservadoras.

Pasmem os senhores que em dias de hoje, onde a família torna-se plural, mista e nada ortodoxa, o prefeito Ettore Labanca trás a tona o dia “Municipal da Família”.

Não pensem que trago aqui críticas as normas e costumes que direcionam a personalidade das famílias são lourencenses. Longe de mim tal heresia. É preciso ressaltar que a base familiar é traçada INCLUSIVE no atendimento as suas necessidades como educação, saúde, segurança, expectativas de empregabilidade que sustentam seus alicerces.

Quando cria o dia “Municipal da Família”, a gestão municipal tenta manipular opiniões, criar fatores fictícios e agregar a seus interesses os setores mais radicais (tradicionais) da sociedade, porém, sob nenhum argumento atende as suas necessidades. O que o setor público faz é passar um “pano de balcão” – daqueles que limpam mesas de botequim - e quer dá um ar paternalista nas relações entre o setor público e privado.

O integralismo de Plínio Salgado inspirou-se nas ideias tradicionais da igreja católica, praticamente a única liderança espiritual no Brasil do início do século XX.  Hoje, quando ventos fortes sopram e trazem notícia de que um possível candidato a vice prefeito nas intensões de vitória do então pre candidato da gestão, Gino Albanez, será da comunidade evangélica e mais especificamente da Igreja Assembleia de Deus e isso coincide com a criação deste dia, trás preocupações.

Não quero aqui demonizar o prefeito Labanca, mas fica o alerta aos menos atentos... Família é feita de harmonia, amor, respeito, tradições e costumes. Mas também é feita de saúde, emprego, educação e segurança. Se nosso gestor não consegue sequer nos oferecer o que determina nossa carta magna, como pode criar um dia destinado a família, quando ela – a família – caminha praticamente só e dependendo da sorte?
Pensem nisso.


Um comentário:

  1. Infelismente não dá para botar no seu artigo palavras que o cristianismo não perdoa como tudo é nojento em se tratando de que os politicos fazem pra ganhar uma eleição. Aliás, nojento é até elogio.É pior do que isso. Pessoas assim são ex-comungadas por Nosso Senhor Jesus Cristo.pARABENS pela sua coragem em divulgar tanta nojera que o prefeito e o vice fazem na cidade. Pelo jeito roubar é pouco. Os funcionários estão aguardando a hora de dar o troco.

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