quarta-feira, 1 de julho de 2015

Banco do Brasil é proibido de fazer operações de câmbio em agências de Pernambuco.

Instituição terá que prestar assistência a clientes que compraram dólares falsificados

Úrsula Freire/Folha de Pernambuco
Notificação foi anunciada por representantes da SJDH

O Banco do Brasil (BB) foi notificado pelo Procon de Pernambuco pela venda de dólares falsos e está proibido de realizar operações de câmbio em agências de todo o Estado por 30 dias. O prazo pode ser encurtado ou prorrogado à medida que a instituição prove que providências estão sendo tomadas depois da confirmação de que clientes foram vítimas da fraude. Caso qualquer moeda estrangeira seja comercializada, o BB estará sujeito a multa de R$ 500 mil por dia em que a decisão for descumprida.



Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira (30), representantes da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) também informaram que o banco terá 24 horas para apresentar um plano de assistência jurídica e material às pessoas que compraram dólares sem procedência junto à instituição. O prazo começou a contar às 14h57, hora em que o banco foi notificado pelo Estado.
Na segunda (29), o BB confirmou que seis clientes adquiriram cédulas falsificadas e que 13 casos são averiguados. A fraude, que é investigada pela Polícia Federal (PF), ganhou repercussão com o drama da pernambucana Amanda Parris, que tentou depositar notas obtidas na agência da avenida Rio Branco, no Bairro do Recife, em um banco dos Estados Unidos. A jovem é investigada pelo FBI, assim como seu pai, João Neto Silva, que viajou com o dinheiro e está impedido de voltar ao Brasil.
Por meio de nota, assessoria de imprensa do Banco do Brasil esclareceu que a instituição recebeu “com surpresa” a notificação e que, no texto oficial divulgado na segunda-feira, já havia esclarecido que “tomou todas as medidas de segurança necessárias, o que incluiu a identificação e isolamento de todo o lote de cédulas que originou as ocorrências”. Ainda na nota, o banco reafirmou “que se trata de um caso pontual, e que não existe risco para os demais clientes que realizaram ou venham a realizar operações de câmbio em Recife ou em qualquer outra agência em Pernambuco ou no Pais”.
A instituição também esclareceu que “todos os clientes que adquiriram ou possam ter adquirido as notas fraudadas já foram contactados pelo Banco do Brasil e receberam orientações”, e que um advogado foi contratado “nos Estados Unidos para apoio jurídico ao sr João Silva e sua filha”. Esse profissional “já realizou contatos com os clientes e protocolou documentação necessária às autoridades policiais americanas responsáveis pela investigação”. O banco, por fim, “lamentou a notificação recebida, sem qualquer pedido prévio de esclarecimento, e reafirma que atua há mais de 30 anos no mercado de câmbio, e é líder no segmento”.

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