
A inexistência de uma identidade partidária e, sobretudo, a sobra
oportunismo político,se acomodam num contexto onde haja chance para os
interesses pessoais e familiares, bem como para as conveniências pessoais.Fazer
o quê? A esmagadora maioria dos integrantes do Congresso Nacional legisla em
causa própria e o que se observa é que a legislação eleitoral sofre mutações de
acordo com as “necessidades” dos parlamentares, as quais beneficiam direta e
indiretamente deputados estaduais, prefeitos e vereadores.
O vai-e-vem de políticos de um partido para outro, não passa de uma
“orientação mental” vulgarmente chamada pelos interessados de “acomodação
política”. Conheço políticos que, há décadas, já se filiou a uma dezena de
agremiações partidárias sem o menor pudor, mas tendo como alicerce os seus
interesses nas facilidades, nos arranjos e nos apoios que lhe pudessem
“conceder-lhe” a vitória. Ou seja, pessoas que não passam de “lagartas” que
“vegetam” o submundo do oportunismo, embora, a exemplo de qualquer regra, haja
exceção.
Na realidade, o
oportunismo é identificado em praticamente todos os casos de mudança de sigla
partidária, principalmente por aqueles que não têm identificação, sequer,
consigo mesmo, o que não deixa de ser considerado um “parasita” político.
Enquanto não aconteça – séria e moderna, de verdade – uma ampla reforma
política que corresponda aos anseios da população,os brasileiros continuarão ouvindo
discursos cínicos e mentirosos de algumas daquelas “lagartas”, propondo modernidade
em nosso sistema político. Todavia, são palavras que, na prática, simbolizam
gestos despolitizados e armadilhas que já são atraso há muito tempo e “por
várias eleições passadas”. (Com direito a pleonasmo.)
Exemplos? São tantos que me fogem a memória – e todo troca-troca, no
caso de um deles, visando tão somente alcançar o poder com atitudes, inclusive,
inescrupulosas. Mas o que importa? Apenas, talvez, 0,10% dos eleitores votem no
partido. Um dos exemplos é tão nojento que deixo para o leitor imaginar,
lembrando apenas que a ARENA, o PDS, o PSB, o PMN, o PTB, o blá, blá... já
fizeram parte das suas “trajetórias política, partidária e oportunista”.
Vejamos o emblemático e complexo caso de Marina
Silva, que, com rosto de inocente e, ao discursar, “expelindo” palavras vazias
e no seu semblante demonstrando a inexistência de uma determinação partidária.
Ela é “incrível”, embora de menor “poder” de contágio “maléfico” que o outro
exemplo – que dei, sem dá-lo: faz troca-troca de partidos (era o Verde, pelo
qual se candidatou à presidência da República pela primeira vez com o apoio da
Rede Globo, das madames de luxo e da burguesia; tentou o “Sustentabilidade” e acabou
disputando, de novo, a presidência da República desta vez pelo PSB, partido
aliado do senador Ronaldo Caiado-DEM/GO, defensor ferrenho do agronegócio,
membro da UDR e radical combatente contra a Reforma Agrária e Demarcação dos
Territórios Indígenas), “flutua” em religiões (“experimentou” e rezou na
caminhada das CEB’s na Igreja do Acre – mística do Jesus histórico –, deixou a
Igreja Católica e se filiou ao
protestantismo porque, segundo ela, só aí encontrou o filho do Senhor),
esconde, mas não esquece, os seus negócios empresariais (Grupo Natura, dizem
várias fontes) e aproveita todos e quaisquer movimentos sociais para fazer-se
presente. Pior: De forma oportunista – de novo –, aproveitou-se do PT enquanto
pôde com cargos eletivos e comissionados até o último momento, saindo da agremiação
questionando a prática que ela mesma ajudou a construir e a defender ao longo
da sua vida pública. E aí sou obrigado a perguntar: dá para entender toda essa
“parafernália” política? Trata-se de ideologia? Não. Tudo é questão de
oportunismo e personalismo arraigado.
Ora, se
Marina Silva é um exemplo a nível nacional, o que dizer de certos políticos que
“andam em estradas de barro” pelo mundo? E pela América do Sul? E pelo Brasil?
E pelo Nordeste? E por Pernambuco? E por...Esqueçam, leitores, seria muito “enredo
carnavalesco”na mente de cada um.
Observa-se, assim, que oportunidade é um
momento de circunstancia favorável que a população tem para ampliar as suas
conquistas. Aquela chance que todos os cidadãos têm para participar de uma
campanha eleitoral e escolher as melhores propostas de administração dos bens
públicos e os melhores governantes. E esse momento e essa chance estão
chegando.
Já o oportunismo, como enfatizei no prólogo deste artigo, é uma
expressão derivada e pejorativa do termo oportunidade. Caracteriza-se naquela
postura de tirar proveito das circunstâncias num dado momento em benefício de
seus interesses pessoais. Cabe ao eleitor separar o que é do bem e o que é do
mal. Igualmente, terá possibilidade de consertar as coisas, pois para se acabar
com ele – o oportunismo – está chegando a sua hora e a sua chance.
Lamentável e infelizmente,”todo o mundo é oportunista, mas nem todos
sabem sê-lo com oportunidade”.
Beleza!
ResponderExcluirCaro Marco Albanez, gosteimuito do seu artigo. Bastante atual e didático. Abraço.
ResponderExcluirComo você escreve bem! Consegue prender o leitor até o fim com seus questionamentos e afirmações. Excelente.
ResponderExcluirdr. Marco - por que o senhor não faz um artigo sobre a situação em que se encontra São Lourenço a "cidade abandonada"? Ou está com medo do prefeito que já foi brabo e trabalhador e hoje é um idiota mentiroso e preguiçoso?.
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