segunda-feira, 13 de julho de 2015

ARTIGO: "OPORTUNISMO POLITICO" Por Marco Albanez

"Lamentável e infelizmente,”todo o mundo é oportunista, mas nem todos sabem sê-lo com oportunidade”."

                 A inexistência de uma identidade partidária e, sobretudo, a sobra oportunismo político,se acomodam num contexto onde haja chance para os interesses pessoais e familiares, bem como para as conveniências pessoais.Fazer o quê? A esmagadora maioria dos integrantes do Congresso Nacional legisla em causa própria e o que se observa é que a legislação eleitoral sofre mutações de acordo com as “necessidades” dos parlamentares, as quais beneficiam direta e indiretamente deputados estaduais, prefeitos e vereadores.


               O vai-e-vem de políticos de um partido para outro, não passa de uma “orientação mental” vulgarmente chamada pelos interessados de “acomodação política”. Conheço políticos que, há décadas, já se filiou a uma dezena de agremiações partidárias sem o menor pudor, mas tendo como alicerce os seus interesses nas facilidades, nos arranjos e nos apoios que lhe pudessem “conceder-lhe” a vitória. Ou seja, pessoas que não passam de “lagartas” que “vegetam” o submundo do oportunismo, embora, a exemplo de qualquer regra, haja exceção.
                Na realidade, o oportunismo é identificado em praticamente todos os casos de mudança de sigla partidária, principalmente por aqueles que não têm identificação, sequer, consigo mesmo, o que não deixa de ser considerado um “parasita” político.

          Enquanto não aconteça – séria e moderna, de verdade – uma ampla reforma política que corresponda aos anseios da população,os brasileiros continuarão ouvindo discursos cínicos e mentirosos de algumas daquelas “lagartas”, propondo modernidade em nosso sistema político. Todavia, são palavras que, na prática, simbolizam gestos despolitizados e armadilhas que já são atraso há muito tempo e “por várias eleições passadas”. (Com direito a pleonasmo.)

              Exemplos? São tantos que me fogem a memória – e todo troca-troca, no caso de um deles, visando tão somente alcançar o poder com atitudes, inclusive, inescrupulosas. Mas o que importa? Apenas, talvez, 0,10% dos eleitores votem no partido. Um dos exemplos é tão nojento que deixo para o leitor imaginar, lembrando apenas que a ARENA, o PDS, o PSB, o PMN, o PTB, o blá, blá... já fizeram parte das suas “trajetórias política, partidária e oportunista”.

Vejamos o emblemático e complexo caso de Marina Silva, que, com rosto de inocente e, ao discursar, “expelindo” palavras vazias e no seu semblante demonstrando a inexistência de uma determinação partidária. Ela é “incrível”, embora de menor “poder” de contágio “maléfico” que o outro exemplo – que dei, sem dá-lo: faz troca-troca de partidos (era o Verde, pelo qual se candidatou à presidência da República pela primeira vez com o apoio da Rede Globo, das madames de luxo e da burguesia; tentou o “Sustentabilidade” e acabou disputando, de novo, a presidência da República desta vez pelo PSB, partido aliado do senador Ronaldo Caiado-DEM/GO, defensor ferrenho do agronegócio, membro da UDR e radical combatente contra a Reforma Agrária e Demarcação dos Territórios Indígenas), “flutua” em religiões (“experimentou” e rezou na caminhada das CEB’s na Igreja do Acre – mística do Jesus histórico –, deixou a Igreja Católica  e se filiou ao protestantismo porque, segundo ela, só aí encontrou o filho do Senhor), esconde, mas não esquece, os seus negócios empresariais (Grupo Natura, dizem várias fontes) e aproveita todos e quaisquer movimentos sociais para fazer-se presente. Pior: De forma oportunista – de novo –, aproveitou-se do PT enquanto pôde com cargos eletivos e comissionados até o último momento, saindo da agremiação questionando a prática que ela mesma ajudou a construir e a defender ao longo da sua vida pública. E aí sou obrigado a perguntar: dá para entender toda essa “parafernália” política? Trata-se de ideologia? Não. Tudo é questão de oportunismo e personalismo arraigado.

                Ora, se Marina Silva é um exemplo a nível nacional, o que dizer de certos políticos que “andam em estradas de barro” pelo mundo? E pela América do Sul? E pelo Brasil? E pelo Nordeste? E por Pernambuco? E por...Esqueçam, leitores, seria muito “enredo carnavalesco”na mente de cada um.
 Observa-se, assim, que oportunidade é um momento de circunstancia favorável que a população tem para ampliar as suas conquistas. Aquela chance que todos os cidadãos têm para participar de uma campanha eleitoral e escolher as melhores propostas de administração dos bens públicos e os melhores governantes. E esse momento e essa chance estão chegando.

             Já o oportunismo, como enfatizei no prólogo deste artigo, é uma expressão derivada e pejorativa do termo oportunidade. Caracteriza-se naquela postura de tirar proveito das circunstâncias num dado momento em benefício de seus interesses pessoais. Cabe ao eleitor separar o que é do bem e o que é do mal. Igualmente, terá possibilidade de consertar as coisas, pois para se acabar com ele – o oportunismo – está chegando a sua hora e a sua chance.

            Lamentável e infelizmente,”todo o mundo é oportunista, mas nem todos sabem sê-lo com oportunidade”.

                                                                                                                                                                                                         
Marco Abanez é advogado e jornalista

4 comentários:

  1. Sverino Jose de Mélo13 de julho de 2015 às 08:54

    Caro Marco Albanez, gosteimuito do seu artigo. Bastante atual e didático. Abraço.

    ResponderExcluir
  2. Como você escreve bem! Consegue prender o leitor até o fim com seus questionamentos e afirmações. Excelente.

    ResponderExcluir
  3. Amanda do Barro Vermelho13 de julho de 2015 às 12:06

    dr. Marco - por que o senhor não faz um artigo sobre a situação em que se encontra São Lourenço a "cidade abandonada"? Ou está com medo do prefeito que já foi brabo e trabalhador e hoje é um idiota mentiroso e preguiçoso?.

    ResponderExcluir