John Fitzgerald Kennedy,
o trigésimo-quinto Presidente dos Estados Unidos,
assassinado no exercício do cargo “por” Lee
Harvey Oswald (suspeito de ter sido agente do serviço
secreto cubano) no dia 22 de novembro de 1963, em Dallas, cidade do Texas, não
era só um homem carismático, poderoso e famoso – dentre outras coisas – por ter
utilizado a Casa Branca para momentos calientes
com suas inúmeras amantes, inclusive a mais conhecida delas, a atriz,
modelo e cantora Marilyn Monroe. Uma pequena frase imortalizou a sua trajetória
política:
“O
fracasso não tem amigos”.
Na política partidária brasileira, a frase
simboliza a “escritura sagrada” do vencedor numa disputa eleitoral e um “livro
maldito” a ser escrito pelo derrotado.
As derrotas eleitorais constituem elementos de perturbação para as
carreiras políticas na medida em que geram redistribuições na repartição dos
cargos de poder. O resultado dessas perturbações podem provocar ilusionismo e
mudança de comportamento, mas tais tipos de consequências dependem eles mesmos
das “qualidades de derrotas” que enfrentam os indivíduos. A derrota pode ser
definida objetivamente como o reconhecimento oficial por um candidato e seu
partido de um resultado matematicamente insuficiente para ser eleito, segundo
as regras preestabelecidas para essa eleição. O que é lógico. Mas nem todas
as derrotas têm as mesmas implicações. Em função da ambição de um candidato,
dos seus objetivos, do seu percurso político, do investimento realizado na
campanha eleitoral e da sua conjuntura, certas derrotas são mais aceitáveis do
que outras. Para compreender o sentido de uma derrota, a noção mais subjetiva
de fracasso eleitoral oferece um complemento de definição importante.
Permite dar conta da diversidade das candidaturas em termos de objetivos e de
ambições políticas, o que implica numa diferenciação em termos de aceitabilidade
das derrotas. Complicado, não? É nada!
Bom, o que significa a vitória? A palavra já
diz tudo. E o fracasso?
Seria de suma importância afirmar que a
relação entre derrotas eleitorais e carreiras políticas tem sido bastante
estudada por vários “experts” em
eleição. Na linhagem sobre as reações políticas de certos candidatos, há alguns
que viram “bichos”, desconhecem o pudor, entram em depressão “rezam para Satã”,
injuriam Cristo e mutilam as suas já debilitadas mentes só em pensarem que já
estão derrotados antes mesmo do “dia do julgamento final”. E o pior é que,
escondida como rapina após o “bote”, essa dupla personalidade surge como uma
doença crônica, que apodrece como lacraia e é “enterrada” sob os aplausos dos
insetos e das bactérias que fazem do cemitério o seu habitat.
Acontece que o fracasso desses candidatos
incapazes e – muitos deles – sem caráter é um revés a bondade que poderia curá-los
das maldades por eles praticadas contra pessoas que por elas tudo fizeram,
literalmente. Poder-se-ia até dizer que o fracasso eleitoral desses candidatos
fantasiados de “bruxas” poderia ser diferente, e até aceitável, por mais
salafrários que fossem e/ou sejam – e são –, se tivessem o mínimo de dignidade
e de respeito para com seus irmãos – que eles provavelmente não têm, já que são
os filhos da perdição, iníquos. Em outras palavras, os anticristos.
Na verdade, em determinadas eleições, de
“n” cidades, não há espaço para a
decepção, haja vista os personagens já serem comprovadamente diferenciados e a
panorâmica já vislumbrada em todos os rincões até então considerados “Capitanias
Hereditárias” por quem pensava que a novela “O Dono do Mundo” (Rede Globo, com
Antonio Fagundes) era uma realidade e não uma ficção. Portanto, eleição não é brincadeira
como empinar pipa ou jogar peão. Muito pelo contrário. Ela traz perspectiva de
um bom governo para os vencedores e de um castigo de bom tamanho para os
derrotados (as “zebras” acontecem), sobretudo para aqueles que confundem
“telepatia com a tia de Pelé”. Ou, no “melhor” dos exemplos, como disse o
historiador, biógrafo, ensaísta e filósofo Plutarco – ou Lucius Mestrius
Plutarchus, nome que adotou ao se tornar cidadão romano: “Nada revela mais um caráter de
um homem do que seu modo de se comportar quando detém um poder e uma autoridade
sobre os outros. Essas duas prerrogativas despertam toda a paixão e revelam todo
o vício”.
Mas, como toda eleição é emblemática –
e cada uma com um histórico diferente – no que diz respeito ao conteúdo, aos
candidatos, ao programa de governo, a demagogia, as clonagens, as mentiras etc,
restam às partes – vitoriosas e derrotadas – não deixarem no esquecimento que
vencer é bom demais para quem pratica o bem... e perder é “melhor” ainda para
quem só pensa em praticar o mal. Em ambos os casos, no entanto, seria bom
lembrar o que disse Theodore
Roosevelt, o mais jovem (43 anos e o trigésimo-segundo presidente)
norte-americano a assumir o cargo mais poderoso do mundo: a presidência dos
Estados Unidos da América – o único, por quatro mandatos:
“É muito melhor
arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a
derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem
sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem
derrota.”
*Marco ALBANEZ
É advogado
(OAB-PE nº 7.658) e jornalista (AIP nº 2.163 e DRT/PE nº 3.271)
Caro Marco Albanez,
ResponderExcluirO artigo está excelente, mas está de altíssimo nível, pode não atingir boa parte dos seus eleitores !
abraço,
Billy
Prezado Marco: Grande é a dificuldade de estabelecer uma relação entre honestidade e compromisso político, como você bem narra em seu artigo. Exemplo temos bem próximos a nós, onde após as eleições os q alcançam seus êxitos após absurdas promessas, não cumprem nada, então constatamos que: Diante de todos é onde os trapaceiros se escondem. Anselmo Gouveia.
ResponderExcluirVocê é engraçado. Seus artigos razoaveis. Mas pergunto. Por que não escreve sobre seus parentes?. Labanca deixou a prefeitura como foragido e com uma administração que fez vergonha. E Gino está acabando com o que resta de São Lourenço. Sem falar que os Labancas e os Albanêz estão mamando demais e a roubalheira está uma vergonha. Por que não fala?. Vai esperar que a Laja Jato bata nas portas da prefeitura?.
ResponderExcluirCompanheiro anônimo... Não sou advogado de Marco... até por que competência não lha falta para defender-se, no entanto, pelas suas colocações, ver-se saber bem o que diz. Diante de tal fato fica evidente que sua provocação é descabida, uma vez que evidentemente você sabe que Dr. Marco se afastou de Labanca há muitos anos. Os problemas de Labanca são evidente e nem precisaria ser elencado... quanto a Gino... sua colocação é estranha, visto que ele apenas começou a caminhar. Quanto a Lava Jato na prefeitura acho pouco provável... mas os terrenos da arena devem render uma boa briga (no bom sentido) para nós blogueiros.. (ao menos os que dizem a verdade)
ExcluirSaudações e obrigado pela audiência.
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ExcluirPalmares... vou retirar esse comentário visto trazer fatos que não condizem com o texto. Saudações
ResponderExcluirCaro Marco. Uma das coisas boas de ler em meu blog são seus artigos. Como numa espécie de jogo emocional só os leio depois de postado, mesmo os tendo em mãos quase que uma semana antes. O ser humano tem viés que nem Edmund explicaria. Esta linha de raciocínio explorada trás evidentemente colocações explêndidas sobre o ser ou não de shakespeare. em seu impagável Hamlet: "Ser ou não ser, essa é a questão: será mais nobre suportar na mente as flechadas da trágica fortuna, ou tomar armas contra um mar de obstáculos e, enfrentando-os, vencer? Morrer — dormir, nada mais;" Assim também é aluta entre a derrota e o fracasso tão bem focado em seu texto. Sempre parabéns.Forte abraço.
ResponderExcluirMagno: por mais que os crostas queiram destruí-la, tenho a honradez como a maior riqueza pessoal e é ela que sempre norteou minhas trajetórias vitalícia, profissional e política. Você, com quem nutro uma amizade sincera e leal - e sei que a recíproca é verdadeira -, no que pese estar ela alicerçada no início de um confronto jurídico, é testemunha do meu comportamento. Embora "não signifique" nada para determinados abutres, não consigo entender por que eles se preocupam tanto com o que faço, com o que penso, com o que escrevo. Poderia até me regozijar por tamanha "preocupação", mas não me sentiria bem, pois esses germes só trazem o mal para quem busca, com tenacidade, novos horizontes visando apenas fazer o bem, haja vista que no meu coração não há espaço para o ódio ou rancor para essas pessoas pobres de espírito e vazios de ideias, já que só se alimentam de germes todo dia, diariamente e de segunda-feira a domingo. Se é verdade que "só atiram pedras em árvores que dão fruto", não tenho culpa. Não vou agradecê-lo pelas suas palavras, confiança e elogios a minha pessoa. Um abraço fraterno e sem mácula, é o que posso lhe mandar, mesmo você sendo merecedor de muito mais.
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