Parlamentar, que preside o Poder Legislativo em São Lourenço
da Mata, e um assessor foram enquadrados por falsidade ideológica e uso de
documentos falsos para habilitar firmas de material hospitalar.
Presidente da Câmara de São Lourenço da Mata é indiciado
pela Polícia Civil
O presidente da Câmara de Vereadores de São Lourenço da
Mata, no Grande Recife, Denis Alves de Souza (Podemos), foi indiciado pela
polícia por suspeita de praticar crimes de falsidade ideológica e uso de
documentos falsos para abrir e habilitar duas empresas. Um assessor do
parlamentar também está sendo investigado por integrar o esquema. O caso foi
divulgado na manhã desta sexta-feira (6) durante uma coletiva de imprensa na
sede da Polícia Civil, na capital pernambucana.
De acordo com o delegado Ricardo Silveira, os suspeitos
fizeram uso de nomes, CPFs e identidades falsos ou de outras pessoas para abrir
e habilitar empresas nos anos de 1993 e 2005. Ambas são do segmento de
fornecimento de materiais hospitalares e odontológicos. O G1 entrou em contato
com a assessoria do presidente da Câmara e aguarda retorno.
“Foram anexados alguns documentos que forneciam indícios de
que tanto ele [vereador] quanto o seu assessor estariam constituindo sociedade
e fazendo uso de nome é de documentos falsos. A peça que deu início a essa
investigação dizia que eles faziam contratos com empresas particulares e,
possivelmente, com o poder público”, pontuou o delegado. Essa suspeita de
envolvimento com o poder público será investigada pela Delegacia de Crimes
Contra a Administração Publica.
A denúncia foi feita por dois vereadores no dia 2 de agosto
deste ano. Posteriormente, 12 dos 15 parlamentares do município assinaram o Boletim
de Ocorrência. Em alguns documentos, os dados não pertenciam ao presidente do
Legislativo, mas a assinatura tinha semelhanças com a dele.
“Apenas o vereador Denis foi ouvido, mas não ofereceu explicações convincentes. Ele disse que assinou todos os documentos, mas que
não sabia deles. Já o assessor não foi encontrado. Nós tentamos intimá-lo, mas
a informação que nos foi dada por parentes é que ele está viajando, mas não se
sabe onde ele está. Estamos pedindo a prisão preventiva dele”, completou o delegado.
O parlamentar foi interrogado na terça-feira (3). Se
comprovada a suspeita, os investigados poderão pegar pena de 2 a 10 de
reclusão. O vereador não foi preso. A polícia acredita que, por enquanto, não
há necessidade de detê-lo.
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