Isolada no partido desde que optou por uma faixa própria nas eleições do ano passado, apoiando a candidatura do senador Armando Monteiro Neto (PTB) ao Governo do Estado, em detrimento da de Paulo Câmara, a vereadora Marília Arraes (PSB) vem sendo questionada frequentemente sobre o seu futuro partidário. Com as conversas para a fusão entre PSB e PPS avançando, muitos afirmaram que a união seria a salvação para Marília manter o cargo sem responder por infidelidade partidária e, de quebra, trocar de legenda.
“Quem precisa de salvação é o PSB”, provoca Marília, ao ser questionada sobre a alteração. Ele adianta que só em setembro decidirá o destino que tomará. Afirma que vem sendo perseguida no partido e que só vem recebendo pancada dos correligionários. “Mas só falam pela imprensa”, provoca.
Sobre a fusão, a vereadora avalia que o grupo de insatisfeitos com os rumos da legenda “demorou demais” para questionar a “virada à direita” que o partido deu. De acordo com ela, a fusão com o PPS “só confirma” a mudança de rumo dos socialistas.
“Lamentavelmente, o rumo que o partido vinha tomando já se distanciava das origens. Já era objeto de questionamento, mas até certo ponto era tolerada diante do projeto que existia. Mas o grupo de insatisfeitos demorou demais para se posicionar”, argumentou a vereadora.
Esse grupo, segundo ela não formalizado, é formado pelos senadores João Capiberibe (AP) e Lídice da Mata (BA), pelos deputados federais Glauber Braga (RJ), Luiza Erundina (SP) e Janete Capiberibe (AP) e por ex-presidente Roberto.
Fonte: FolhaPE
Fonte: FolhaPE
Boa tarde.
ResponderExcluirA marca do PSB, há muito tempo, tem sido a ousadia. Nossa história é pautada pela coragem de inovar, de romper com velhos paradigmas. São essas características que aproximam do povo brasileiro, que tem na coragem uma grande virtude. E por que falo sobre ousadia e coragem hoje?
Porque vocês devem ter lido, visto ou ouvido, há alguns dias, a notícia sobre a fusão do PSB com o PPS. Muitos me perguntam o que isso significa, qual nosso objetivo? Esta decisão é mais uma das decisões pautadas pela coragem de mudar.
O Brasil vive um período de inércia política. Há décadas a Reforma Política é prioridade e ainda assim não sai do papel. O país tem mais de 30 partidos políticos e estamos próximos da criação de novos partidos, ao apagar das luzes da lei que ainda permite isso. O Brasil precisa de ação, de exemplo. Por isso entendemos que é hora de fazer a Reforma Política na prática. Por isso, após muitos meses de conversas, estudos e avaliações, decidimos promover a fusão de dois partidos com trajetória política, história e compromissos com os brasileiros.
Seguiremos com o nome PSB e com o número 40. Passaremos a ser a quarta maior bancada do Congresso Nacional. Juntos, teremos 792 mil filiados, quatro governadores, sete senadores, 45 deputados federais, 92 deputados estaduais, 588 prefeitos e 5831 vereadores. Mas isso são números. Por trás disso, há uma imensa vontade de mudar a política brasileira.
Nós temos um compromisso com a boa política, com as práticas éticas, com os brasileiros. Nós queremos, verdadeiramente, transformar o Brasil. Nós queremos um país que abandone a inércia e ouse, que tenha coragem de enfrentar seus maiores inimigos: a corrupção, o aparelhamento do Estado, os conchavos, a troca de favores, o apadrinhamento político.
Se ainda não somos o Brasil que poderíamos ser, em muito é por conta desses problemas. Eles não foram resolvidos. Ao contrário, foram aumentados, potencializados. E nós, do PSB e do PPS, decidimos não mais calar diante dessa realidade. Decidimos unir forças e esforços para vencer aqueles que fazem dessa prática uma forma de perpetuação no poder.
O poder, meus caros, é transitório. O país não. Cargos políticos são temporários. As transformações sociais não. A história recente da nossa democracia nos exige mais, nos exige coragem para honrar aqueles que perderam suas vidas lutando pela liberdade que temos. Mas não uma liberdade fictícia, onde um partido deve ao outro um favor. Uma liberdade plena, verdadeira, legítima.
O PSB tem muita honra de seu passado, de sua participação na história recente de nosso país. Queremos avançar mais. Queremos mostrar ao Brasil que é possível, sim, fazer uma política justa, honesta, sem carguismo, sem ceder a pressões. Com Eduardo Campos, em 2014, mostramos um modelo de gestão possível e viável para nosso povo. Infelizmente, a mentira venceu. Mas não nos derrotou! Saíamos de cabeça erguida, com coerência, com compromisso. Aos poucos, milhões de brasileiros estão vendo o que falávamos. Isso, sem dúvida, é um avanço.
E é para avançar ainda mais que nos unimos ao PPS nesta luta por nosso povo! Seguiremos independentes! Não somos e não seremos um partido satélite de PT e PSDB. Seremos cada vez mais um partido forte, com apoio popular, com exemplos bem sucedidos para mostrar ao país. Seremos cada vez mais o partido que tem como principal compromisso a verdade, a ética e a transparência.
Conto com o apoio e a compreensão de todos. Ousamos e seguiremos ousando. Jamais perderemos a coragem de lutar pelo que nos move: um país justo para todos. Mas que essa justiça e igualdade não seja conquistada à base de concessões. Nós acreditamos que o Brasil merece mais, pode mais. E é por esses milhões de brasileiros que damos um importante passo na luta política democrática.
Beto Albuquerque
Vice-presidente PSB Nacional